Linha da dor
Os montes, as costas do sonho sobre a prata,
riscos crescentes na linha da dor.
O grito de olhares soalheiros dilata,
tristes sulcos cobardes, sem valor.
Mera cicatriz de sonho aterrador
e o pescoço a sufocar num acorde de sonata.
Um falar divino em transparente ardor,
aviva o cheiro aceso do espanto
e a luz inteira do encanto
em que oiço o teu grito arrasador.
E tendo, assim, no olhar um recanto
de sobressalto a chegar a todo o vapor.
Nem sequer tenho o sonho que entretanto
me esmaga o sangue e o engano
e a dor, a burla e o meridiano
em que te encontrei, no desencanto
da partida e largada, até ao tutano.
E no fim, crescendo no campo do pranto,
esqueço os riscos na linha da dor,
tristes, medrosos, sem valor,
na luz infeliz que enquanto
me escondem o sonho predador
me ilumina o teu grito que levanto. Molero
riscos crescentes na linha da dor.
O grito de olhares soalheiros dilata,
tristes sulcos cobardes, sem valor.
Mera cicatriz de sonho aterrador
e o pescoço a sufocar num acorde de sonata.
Um falar divino em transparente ardor,
aviva o cheiro aceso do espanto
e a luz inteira do encanto
em que oiço o teu grito arrasador.
E tendo, assim, no olhar um recanto
de sobressalto a chegar a todo o vapor.
Nem sequer tenho o sonho que entretanto
me esmaga o sangue e o engano
e a dor, a burla e o meridiano
em que te encontrei, no desencanto
da partida e largada, até ao tutano.
E no fim, crescendo no campo do pranto,
esqueço os riscos na linha da dor,
tristes, medrosos, sem valor,
na luz infeliz que enquanto
me escondem o sonho predador
me ilumina o teu grito que levanto. Molero
4 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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