24.5.06

Berço de barro

Poderei eu dizer-te
que enfim encontrei os pulsos do segredo,
esquecidos,
como minas em berço de guerra,
como barro de sonhos lentamente arrolhados
por amoladas mãos assassinas,
as mesmas que me separam a mente do corpo,
quando absorto tomo o medo como sangue caseiro.
Por vezes é nas trevas excessivas,
onde o sonho não chove,
é na linha da estrada que navega,
por nódoas forma de núvens,
que nunca choram,
é na tua voz de Malinois,
num encontro ecoado de alturas,
que tinhas visto os meus olhos ateados,
e se os teus,
agora abertos como praças largas,
me mencionarem em tarde de cobre,
quando potes chovem,
deles só vou esquecer, prolixos,
o desvio que os fechar.

Molero

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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7:05 da tarde  

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