14.3.06

Forma pequena

Sento-me, na fuga e na tortura, na amargura,
encondo a terra escondida
pela voz perdida e os erros adormecidos, embebidos
em olhos de outono, como pedras castanhas
e na seiva que me alimenta as entranhas
queimo o resquício, astilha, pequena
porção da ilha em que mastigo a solitária
solidão que nos faz esperar,
aguardar o continente de países.
Raízes. Verto a água da cara num rio terno,
eterno, derramo o que sinto e o que minto
e assim consinto o que sentes. Que mentes
e o sumo e o talento, lentos e presentes .
Como num poema esvoaças até mim em forma de

pássaro.

Molero

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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3:47 da tarde  

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