28.2.06

Desejo


Há torres, pausas, terrores
e pedras, e tristezas, e amores
dos olhos da morte escondida,
dividida.
Mas recordo-te nas gotas do silêncio, no vazio.
Na água que me escorre a visão, como um rio.
Como puderei perder-te.
Se a distância das folhas faz-me conhecer-te
na seiva, nos castanhos
feitos letras, sentimentos sentidos de tamanhos
variávies, e limpos, e puros.
Que dizem em olhares escuros,
que os dias tristes e maduros,
são flores em forma de beijo.
Desejo.

Molero