16.1.06

O apático Silêncio da ternura.

Os silêncios são o leito que preenche o espaço que sobra por eu não estar aí.
Sinto a fantasia do teu olhar que não me vê, o silêncio com que me falas, a distância com que me tocas.
Ilusões que me agarram, amarram à tua frágil armadura da ternura.
Ternura que para ti é loucura,
Para mim é Silêncio.
As Palavras ocas com que embelezas o teu sorriso,
O intenso cheiro que transforma o teu grito em apático Silêncio da doçura.
Não é mais do que a amargura com que não estando aí, te beijo.

Molero