25.4.05

O teu Olhar.

Neste dia de mar e de escuro
É tão próximo o intenso brilho do teu rosto
São tão distantes e longos os horizontes.
Os ritmos soltos em que o vento baralha as cartas que me escreves-te
Fazem com que a tinta com que me falavas se escorresse para a caixa da saudade indolor.
Vejo o regresso das aves ao nosso ninho, numa repetição incessante de sons nossos
Aquelas aves que tinham uma memória eterna do teu rosto
Voam sempre dentro do teu sonho
Do meu sonho.
Como se o teu olhar as sustentasse.

Molero