17.4.08

Primeiro estudo sobre a ciência de viver

Vivo rodeado de folhas-de-papel que esvoaçam como
palavras livres e
livres, Vivo
cheio de glóbulos enchendo veias e artérias ditas
coronárias e aórtas e afins, sem
fim, Vivo
ressentido por verbos afiados como
espinhos de flores e árvores que nasceram
no mar, Vivo
em botões de máquinas-de-escrever e
farmácias abandonadas e esquecido sucessivamente
em sucessivas mutações que se sucedem
alucinadas, Vivo
escurecido por romances alagados de palavras
que te escondem e florescem
e

morrem.

Molero

1 Comments:

Blogger maria melo said...

Peço licença para usar este poema na tertúlia KAFE KAFKA a realizar no próximo dia 21 na sede dos Bombeiros V. de Queluz.

8:51 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home