espelhos
, um homem que fazia de um dia um sonho
à força de pernas e de dedos
, um rio que corre
corre
corre
percorre
, um rio que corre sobre um braço de sangue
montanhas que se alongam como línguas beijando
, um dia feito do barro do sonho
peladado com as pernas dos homens
peladado à força de lágrimas e de ais
, e espelhos olhando espelhos que reflectem espelhos
que me reflectem
e, no fim de tudo, um homem
que fazia de um dia um sonho
escreve:
eu.
Molero
à força de pernas e de dedos
, um rio que corre
corre
corre
percorre
, um rio que corre sobre um braço de sangue
montanhas que se alongam como línguas beijando
, um dia feito do barro do sonho
peladado com as pernas dos homens
peladado à força de lágrimas e de ais
, e espelhos olhando espelhos que reflectem espelhos
que me reflectem
e, no fim de tudo, um homem
que fazia de um dia um sonho
escreve:
eu.
Molero
3 Comments:
O que seria de nós sem os espelhos para nos nos revelar quem verdadeiramente somos?
(Sou o Fábio, aquele sujeito incrivelmente sem gravata no Baile de Finalistas, amigo do teu irmão; o nome com que assino é das mais puras coincidências)
(Pouca objectividade)
Um abraço ao Molero.
Este comentário foi removido pelo autor.
Precisamente, Fábio. A essência da personalidade é maioritariamente a consciência do seu reflexo nos outros. No fundo, muitas vezes (quase todas, diria), o que procuramos não é aperfeiçoar o que realmente somos, mas antes o que de nós é reflectido nos outros. Ora, esta "consciência em reflexo", vai de encontro à tua questão.
Muito obrigado pelo comentário.
(Claro que me lembro de ti no Baile, Fábio. Espero que continues a passar por este espaço e que o conteúdo te agrade)
Forte abraço.
Molero
Enviar um comentário
<< Home