16.2.07

Viajar

Se me esconder na leveza de um sopro,
e nele viajar pela superfície de um ombro,
o que quer que viajar esconda,
e nele perpectuar o segredo do oculto,
o que quer que o oculto esconda,
e nele escravizar a leveza do teu olhar,
e do teu andar,
o que quer que o teu olhar esconda,
nele se tivesse congelado ao som do samba,
do samba oculto,
o que quer que o oculto esconda,
não sei,
não sei se o oculto se esconde,
ou se escondendo abre a caixa da viagem
grande, grande, grande,
tão grande que perpectua a segredo,
o segredo do oculto,
o que quer que o insulto esconda,
como uma onda,
de um mar tão negro,
tão oculto que
se esconder a leveza de um sopro

ainda te abra os olhos para viajar
bem junto dos meus,
dos meus.

Molero